Resultado de uma providência cautelar apresentada pela SOS Quinta dos Ingleses.
As obras previstas na Quinta dos Ingleses, em Carcavelos, foram suspensas . Está prevista a construção de um condomínio de luxo, um hotel e um centro comercial. Como resultado de uma providência cautelar apresentada pela SOS Quinta dos Ingleses, estas obras foram temporariamente interrompidas.
“Os próximos passos serão condicionados pelo processo jurídico”, explica a organização, sendo que “os visados [no caso, a promotora Alves Ribeiro S.A.] terão 15 dias para contestar esta providência cautelar e depois o juiz do processo decidirá se se mantém ou não a suspensão das obras até à decisão final e/ou decreta as medidas que considerar mais adequadas à situação, de forma a garantir o efeito útil da ação”.
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Sobre o contexto que levou à apresentação desta providência cautelar, a SOS Quinta dos Ingleses explica que a “Alves Ribeiro S.A. vedou todo o perímetro da Quinta e está a começar a fazer uma zona de estacionamento e um parque urbano de 8 hectares”. O projeto podem fazer com que, durante dez anos, o espaço se torne “um estaleiro de obras, para nesse período se construírem 850 apartamentos de luxo, um hotel e centro comercial”. A SOS Quinta dos Ingleses opõe-se a este projeto e defende “um parque natural urbano que abranja a totalidade da Quinta dos Ingleses e o terreno em frente ao Bairro da Torre, conciliável com a expansão das instalações do St. Julian´s School”.
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A organização luta contra “o desaparecimento do património natural e histórico da Quinta dos Ingleses”, argumentando que “o abate do bosque centenário e a aniquilação dos prados representaria um verdadeiro ecocídio”. “Como tal”, adiantam, “encontram-se já em curso três processos judiciais envolvendo o terreno da Quinta dos Ingleses, o terreno do Hilton e o terreno em frente ao Bairro da Torre – projetos que colocam a orla costeira e a praia de Carcavelos em risco.
“Além disso, a SOS Quinta dos Ingleses deu entrada de uma providência cautelar no passado dia 6 de Junho. No dia 11 de Junho, o juiz do processo ordenou a suspensão imediata das obras e a citação da CMC, Alves Ribeiro e St. Julian’s para contestar. As obras estão, portanto, interditas até à decisão da providência cautelar. Compete à CMC, a Alves Ribeiro e a St. Julian’s School que cumpram a ordem do tribunal”.
A Quinta dos Ingleses e o território envolvente têm sido palco de várias manifestações contra o avanço desta obra. Há ainda uma petição a decorrer para o apoio desta causa.