“O estado do Longboard em Portugal deixa-me com esperança.”
No início deste mês, António Dantas venceu o GADIS Longboard Festival Ferrol, uma etapa do QS de Longboard. Além de ser uma vitória importante para a sua carreira, este foi também um momento fulcral para o longboard português, visto que foi a primeira vez que um atleta nacional conquistou uma vitória no circuito QS.
A Surftotal conversou com o atleta para saber como se sentia após este feito tão significativo, como se sentiu durante o evento, e que planos tem para o futuro. Lê a entrevista abaixo para ficares a saber tudo!
“Fui sem muitas expectativas para Espanha.”
Em primeiro lugar, muitos parabéns pela vitória! Como te sentes? Estavas confiante de que ias ter um bom resultado?
Fui sem muitas expectativas para Espanha, tinha a prancha no pé mas sabia que ia ser um campeonato difícil. Fui passando os heats, nos quartos de final tive o prazer competir com o meu irmão João Dantas, passámos os dois e foi um momento especial. Quando dei por mim estava na final, vieram duas esquerdas boas no mar difícil que estava e fiz dois scores altos.
“O que mais me influenciou foi o carinho das pessoas na praia.”
Gostas de competir na Galiza? Sentes que o local influenciou de alguma forma a tua prestação?
Acho a Galiza um lugar lindo, mas sinto que o que mais influenciou foi o carinho das pessoas na praia, dos portugueses, dos espanhóis e dos franceses. Fizeram com que me sentisse em casa.
“Foi um orgulho conseguir pôr a bandeira Portuguesa no topo nesta etapa europeia.”
WSL
Para além de ter sido um excelente feito pessoal, o teu resultado também marca um momento importante para o longboard português. Como te sentes em relação a isso?
Sinto que todo o trabalho que tem sido feito pela comunidade do longboard até agora está a dar frutos. Foi um orgulho conseguir pôr a bandeira Portuguesa no topo nesta etapa europeia, era algo que já se esperava à muito tempo.
Como dirias que o panorama nacional se compara ao internacional atualmente?
O estado do Longboard em Portugal deixa-me com esperança. Temos muitos jovens talentos prontos ou em preparação para encarar os melhores do mundo sem medos, é muito gratificante e encorajador ver o Fred Carrilho, o Francisco Freitas, o Lipe Ferreira, entre outros, a correrem o circuito e a dificultarem a vida aos melhores, sinto que não estou sozinho.
“O que mais faz falta no longboard a este nível é o apoio monetário.”
O que na tua opinião é preciso consolidar para que se vejam cada vez mais resultados como o teu?
O que mais faz falta no longboard a este nível é o apoio monetário para sustentar as despesas que surgem ao fazer estes campeonatos, tudo o que seja inscrições, transportes, alojamentos e alimentação. Não digo o suficiente para conseguir fazer vida única e exclusivamente do Longboard mas para pelo menos o atleta não ter prejuízo ao participar num campeonato. Felizmente o Surfing Clube Portugal, o João Ferreira e a Câmara de Cascais têm sido capazes de suportar alguns desses custos.
O que se segue para ti? Quais são os teus próximos objetivos?
O meu objetivo é a qualificação para o CT de Longboard. Também já estou de olho no título nacional à uns tempos.
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